Me deparo com cinco analgésicos e, por surpreendente que seja, nem um deles nunca conseguiu me livrar de minha dor de cabeça tão bem quanto um banho quente. O estresse do atraso passou até que rápido, após o cordial “bom dia” do motorista do ônibus, em resposta ao meu. Não entendo muito de medicina mas, a partir de minhas vivências, entendo o que me faz bem. Saúde é poder se ver, ouvir e sentir – e, tão importante quanto, a partir de tudo, se entender.
Todos temos detalhes na vida, na própria rotina do dia a dia, que nos agradam e, ao nos alegrar, até podem nos curar. Seja o detalhe de um carinho recebido, ou do próprio carinho. Muito mais do que a composição química do remédio, a injeção aplicada com amor faz um efeito muito mais instantâneo e permanente, assim como o próprio olhar do médico – olhos nos olhos, amorosamente – nos traz muito mais segurança e, até mesmo, conforto. Empatia é o que promove a saúde coletiva, do mesmo jeito que o amor próprio é maior promoção da saúde individual.
Cantora
Musicista
Compositora
Facebook / Instagram