Caminhar tão rápido como se o mundo estivesse desabando atrás de nós. Estes são os dias cotidianos. É um ponteiro e uma somatória que nos faz caminhar o mais rápido que conseguimos. Cansamos e resistimos para o outro dia. Sentar-se em um banco de praça qualquer fará você entender como gira a engrenagem da grande roda em que vivemos (o Planeta). Ela se ocupa de nós, como seres vivos, e nós acabamos com a auto-suficiência dela para que dependa de nós, e acabemos como “parasitas necessários”. A genialidade do mundo se tornou algo em torno de “controle”. Não em questão de equilíbrio, mas sim de poder. Mesmo em uma lifestyle livre, ainda somos dependentes de “n” coisas que formam e mantém a nossa existencia neste plano, por enquanto.
Mais um dia começa e lá vamos, dar corda em nós mesmos para conseguir viver “no modo”, contra a nossa própria vontade; mas somos adaptáveis, e conseguimos fazer do exaustivo um momento de riso compartilhado. Por vezes, ao caminhar apressadamente na rua, talvez você encontre alguma arte no caminho que te fará sorrir e, até mesmo, mais leve – um exemplo, em que faz-se da exaustão um riso compartilhado. Com toda a correria do dia a dia, talvez, você nem preste atenção no riso que foi compartilhado contigo; e tudo bem, um dia ou outro, não conseguirmos sorrir ou desacelerar os passos. O mundo é realmente pesado e, às vezes, o alívio é imediato, tanto com o choro quanto com o riso; mas que não nos acostumemos com as dores. Devemos usufruir e construir coisas boas e desfrutar de tudo que é maravilhoso.
Fazemos daqui o céu e o inferno. Todos os dias. Se pode aproveitar do calor do inferno, esbanje-se. Se pode aproveitar da brisa do céu, esbanje-se. Se pode, no meio do caos, acalmar alguém, faça. Tudo já é tão difícil, caótico e desanimador, se pode – mesmo que em um único momento do dia – olhar para alguém e dar “bom dia”, entenda que o “dia bom” já estará com você; pois, quando o seu tempo nublar, algum Sol também deverá aparecer na sua janela.
Cantora
Musicista
Compositora
Facebook / Instagram