Meu pai faleceu há pouco mais de dois anos. Desde os meus dois anos de idade ele foi diagnosticado com uma forma de depressão – na verdade, um distúrbio bipolar, ou seja, picos de mania/ansiedade e de depressão – muito aguda. No processo, de aprender a lidar com a sua condição, ele teve que tomar remédios “tarja preta”, os quais pioraram a sua situação muito mais do que ajudaram. Ele, então, acabou abusando do álcool e de outras substâncias ilícitas, para tentar conseguir sobreviver a sua doença mental, que assola muitos que, por fora, parecem perfeitamente “normais”. Acabou falecendo aos 63 anos de idade, por conta de vários outros problemas de saúde que foram uma consequência dos remédios que ele tomava e, também, da forma – muitas vezes, incorreta – de lidar com a sua doença, que sem o devido apoio poder ser tão complicada.
Estou contando um pouco da triste história do meu pai para ilustrar do porquê de eu ter buscado uma vida mais saudável. Aos 22 anos eu comecei a praticar Swásthya Yôga e, apenas poucos meses depois, já a estava ensinando. Parei de fumar cigarros, escolhi não beber mais e, também, a melhorar a minha alimentação. Comecei a correr e a surfar, dentre tantas outras mudanças de hábitos (grandes e pequenas), e de comportamentos diários, que me trouxeram até os meus 40 anos com muita saúde e lucidez.
Apesar de sua doença, o meu pai foi uma pessoa fantástica. Aprendi muitíssimo com ele. Até mesmo por meio dos seus problemas e defeitos, a partir dos quais aprendi tantas coisas mais, além do que eu ou ele poderíamos ao menos imaginar. Viver de forma saudável é uma escolha que podemos – e devemos! – fazer, todos os dias. Mesmo, ou especialmente, quando a sociedade, a cultura ou as circunstâncias do entorno não conspiram a seu favor. Ninguém vai cuidar de você melhor do que você mesmo, portanto, aprenda a se cuidar melhor.
Apresentador de Podcast
Instrutor de Swásthya Yôga
Consultor
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