- Indicação de música relacionada: MUITO OBRIGADA AXÉ
Todos nós, independente da religião escolhida, devemos respeitar o Divino visto pelos olhos alheios. Não importa se é Saravá, Amém, Motumbá, Aleluia (ou qualquer outra saudação), pois a linguagem universal do Divino é o amor, a empatia, a fraternidade e a paz. Mesmo aquele que não acredita em um ser superior também precisa respeitar; pois o Divino está presente em nós, inclusive no Divino interior do ateu.
Muito se fala em “intolerância religiosa”, mas no meu ponto de vista o próprio termo é preconceituoso, pois ninguém deve ser tolerado, ele deve ser respeitado. A palavra “respeito” (do latim respectus) nos ensina com grandiosidade o que se espera quanto ao olhar do outro sobre a nossa religião, ou o nosso perante a do outro: “respectus” é de respiciō, de re- (“novamente”) + speciō (“olhar”) – logo, quando peço respeito e não tolerância, minha solicitação é de um novo olhar, com mais amor. O Divino está no Terreiro e na Igreja, ambos servem para a oração coletiva e vibração energética em união. O lugar certo é aquele que você sai ao final da gira, missa ou culto, e não vê a hora de retornar. Eu respeito o seu altar, então respeite o meu congá. Eu respeito o seu coral, então respeite o meu tambor.
Eu respeito a Bíblia dos católicos e dos protestantes, o Alcorão dos muçulmanos, a Tanach dos judeus – e todos os demais livros consagrados por todo ser de luz – e também espero que respeitem o meu Axé, minha roupa branca e minhas guias! A ignorância das pessoas com relação à religião dos outros acaba por dividir, muito mais do que o unir, a humanidade; mas nenhuma religião será boa se ela exclui, humilha ou rebaixa qualquer outra. Qual é a melhor religião? Aquela que te propicia evoluir e ser melhor pessoa. Saravá!
Cake Designer e Professora de Confeitaria
Dirigente Espiritual (mãe de santo) do Terreiro de Umbanda Vovó Benta
Proprietária da Dallastra Bolos e Doces Artísticos
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