- Indicação de música relacionada: 100% feminista
As organizações familiares são diversas e, na história, algumas delas – antes invisibilizadas –, passam a ser coletivamente representadas; como, por exemplo, as famílias homoafetivas. Mesmo com as atuais mudanças, as famílias foram (e ainda são) afetadas por estruturas sociais; dentre as quais o patriarcado, que reforça um modelo de masculinidade baseado no poder e na dominação dos homens sobre as mulheres. As mulheres e as meninas são as que mais estão sofrendo violência, pela imposição de normas que reforçam ideias estereotipadas sobre as masculinidades e as feminilidades – ou seja, sobre o que é “ser homem” ou “ser mulher”.
Cabe destacar que a masculinidade tóxica afeta também aos homens; pois, é por meio dela – como sinônimo de poder e dominação das mulheres –, que se tenta reproduzir um “ideal de homem”, para uma autoafirmação. No contexto da pandemia, com a necessidade de isolamento social, a maioria das famílias passa a conviver de forma mais intensa, ficando mais tempo juntas – em compensação, as pessoas tendem a diminuir as relações com as suas redes de apoio, de amigos/as, colegas, vizinhos, entre outros.
Na rede especializada de saúde mental, foi percebido um aumento dos atendimentos a situações de violência nas relações familiares; as quais se expressam em transtornos mentais, crises psicóticas, depressões e tentativas de suicídio. O sofrimento psíquico é intensificado pelo medo coletivo de contágio, óbito de familiares, perda de empregos e aumento expressivo da pobreza; sendo que as famílias mais afetadas são nas quais há vulnerabilidade e/ou risco social.
É nesse momento de fragilidade que se faz mais importante a visibilização e o combate a violência doméstica: é necessário o amparo das famílias, o fortalecimento das ações de saúde, e o investimento em políticas públicas e sociais. Denuncie situações de violência contra as mulheres pelo número 180, e contra crianças e adolescentes pelo 181.
Assistente Social CRESS 10.199
Mestre em Tecnologia e Sociedade
Assistente Social no Centro de Atenção Psicossocial
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