Existe um movimento materno intenso que visa desromantizar a maternidade. Até então, você só descobriria o que é ser mãe, sendo; mas, estamos aos poucos mudando isso aí. Já conseguimos gritar aos quatro ventos que estamos exaustas, que não damos conta de tudo, que vai ter erro sim – e que cada família pode e vai escolher as suas batalhas. Ainda somos julgadas por meia dúzia de pessoas que querem manter a pose de “famílias perfeitas” nas redes sociais; mas, no dia a dia, sabemos que as fraldas sujas são o menor dos problemas.
Até chegarmos ao grande público, precisamos antes dos grupos de mães: dos muitos apoios das mães reais – algumas, por exemplo, influenciadoras no Instagram – que estão entre a louça suja, as dezenas de roupas para lavar (ou a criança com roupa descombinada), e as contas atrasadas… Porque está aí a realidade materna. A mãe, na verdade, é um tipo de pessoa bem comum na sociedade: temos as executivas, as naturebas, as yogues, as fit, as responsáveis pelo lar, etc. Todas nós começamos, agora, a querer o nosso espaço – e, para tanto, devemos nos mostrar como realmente somos – o que só vai acontecer se usarmos a tal “palavra da moda” a nosso favor: sororidade.
Não só quando a gente vê uma mãe passando necessidade (já que, então, precisamos de bem mais do que isso), mas… Em todos os casos! Olhar a mãe é enxergar o seu todo, a sua bolha social e, só assim, conseguir nos colocar em seu lugar. É dificil pra caramba, eu sei bem, pois também (ainda!) vivo cometendo gafes. De qualquer modo, mesmo que seja na tentativa-erro, precisamos ir de braços dados, nos apoiando e deixando de lado as diferenças, para chegarmos onde pretendemos: na valorização do trabalho maternal dentro da sociedade.
Relações Públicas
Mestre em Comunicação Social
Autora do livro infanto-juvenil “A Mamãe Sangra”
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