Atualmente, se busca muito falar de “igualdade”, em um movimento cada vez mais potencializado pelo olhar humanitário; mas, que ainda traz polêmica pelo peso e, também, à medida que se emprega na esfera da equidade. O ser humano busca viver com dignidade, mas nem todos conseguem alcançar esta condição. A igualdade, termo de peso e consideração, consiste em tratar todas as pessoas como iguais, independentemente de quais são as suas diferenças. Há, até mesmo, o dito de que “todos somos iguais perante Deus”, o que nos remete ao exercício da igualdade, como em ações humanitárias. A ingenuidade sobre conceitos discriminativos ou preconceituosos tende a ser um traço característico nas crianças; ao menos, enquanto elas ainda não foram ensinadas sobre diferenças e igualdades.
Podemos dizer que tais ensinamentos vão nos sendo dados desde o nascimento, por meio das lições daqueles que nos cuidam. Os padrões morais e éticos são internalizados de acordo com tais ensinamentos, sendo construídos e reproduzidos a partir dos pontos de vista do educador. Além desta articulação de pensamentos, o enfoque igualitário se apoia no conceito de justiça social, o qual considera que a solidariedade é boa em si mesma. Sigmund Freud, em “O Mal-Estar da Civilização”, afirma que a sociedade é inimiga da satisfação dos instintos humanos pois, para o bem viver, tivemos que abrir mão de inclinações naturais; e, para tanto, passamos a ser mais de acordo com o meio em que estamos, do que com nós mesmos.
O quanto somos capazes de corresponder, com igualdade, a determinadas situações – balanceando ao meio social sem, no entanto, perder de vista a nós mesmos? O que é a igualdade para cada pessoa, entre o como estamos sendo conduzidos (por outras pessoas, ao nos sensibilizarmos com elas em suas fragilidades), e o como nos conduzimos, dentro de nossa própria subjetividade?
Psicóloga CRP 08/07.299-5
Especialista em Psicologia Analítica, Terapia Cognitiva Comportamental
Coordenadora na empresa Clínica Véritas
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