Vivemos em um mundo onde somos sempre escravos de uma definição externa, para a qual não sei ainda dar um nome. Talvez esteja relacionada com a sensação de angústia existencial, pela falta de um sentido inerente à própria vida. Como jeito de tentarmos lidarmos com ela, por exemplo, não saímos de casa sem saber o que os nossos signos nos reservam, ou, sempre acendemos uma vela para o Santo ajudar. Vivemos falando, “deixo nas mãos do destino, ele que decida o que é o melhor!” – pois, poder jogar a batata quente da escolha em outras mãos, de modo a não queimar as nossas, pode ser realmente reconfortante.
Fora isto, ainda temos aquela de viver apegados ao passado, ou com a cabeça só no futuro – e sempre, ou pelo menos quase sempre, nos permitirmos “esquecer” de viver no presente. O presente do dia a dia, aquele para o qual só damos a importância quando é preciso mesmo… Quer um exemplo fácil? Em problemas de saúde! Como quando aquela pedrinha no rim “quer descer”, e você corre no médico prometendo que irá passar a se cuidar, que irá tomar muita água – sempre! –, para que nunca mais aconteça. Até, não ter mais importância…
Agora, vem aquela reflexão sobre o presente que é quase um clichê: nós temos que viver mais o presente, pois ser escravo do passado ou estar sempre no “mundo da Lua” (sem nunca descer para a Terra) – é um “não viver”. Mas… Por que? Para que precisamos viver mesmo o presente, e não apenas “dar uma passadinha” rápida por ele? Me parece que todo mundo tem uma opinião pronta mas, eu, já tenho que parar para pensar. Será que o presente é o algo além do “efeito” do nosso passado e, ainda, a “causa” do nosso futuro?
Sendo sincero, eu acho que estou me batendo para conseguir definir o presente porque ele é, em si mesmo, algo confuso e meio chato de se pensar – justamente, porque o presente não é para ser pensado, mas sentido. Qualquer coisa outra, é como estar na beira de piscina tentando a “entender”, sem nunca simplesmente se jogar na água.
Ator
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