Muitas doenças já assolaram nosso tempo, continuam e provavelmente continuarão. Ultimamente há uma específica que consegue movimentar mundos, fundos e jornais, causando vários tipos de medos, assombrando nações inteiras e devastando famílias. O mundo finalmente unido. Não sabemos ainda o que fazer com ela, alguns de nós procuram respeitar o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) nos determina, outros são do grupo do “faz de conta que não existe”. Tem também o ranço de ter que ouvir o Genocida Mor (o Brasil tem o pior) fazendo brincadeirinha, piadinha chula de um sofrimento inimaginável – há até bem pouco tempo para a humanidade – e a esse grupo pertence a grande maioria, e é onde se instala com perversidade a pior de todas as doenças: a ignorância.
Aquela que desconsidera intencionalmente fatos ou pessoas. Aqui não falo da falta de conhecimento que o novo traz e incomoda, mas é do desprezo para com a verdade, as vontades e os conceitos que o outro apresenta. O outro que não invade ou impõe, apenas se apresenta de outra forma; mas esse existir, tão diferente, acaba provocando nas pessoas consumidas por essa doença abjeta mais repugnância que a sua própria patologia – que entra pelo sangue como uma bactéria, se instala em todos os órgãos e se alimenta do que há de pior nesses sujeitos ignorantes
Não há o mínimo de senso de coletividade, empatia ou respeito nestes doentes, mas são exatamente tais componentes os itens perfeitos para criar na sociedade (não no laboratório) um antídoto, que pode trazer a cura – mesmo que forçada para esse grupo. Vamos empurrar goela abaixo ou amarrados na maca. Tanto faz que possa parecer agressivo, é necessário! O importante é conseguirmos sanar ou amenizar os graves sintomas da ignorância. As doses devem ser exageradas e é preciso união comunitária para exterminar essa moléstia. Urgente!
Letróloga
Especialista no Ensino da Literatura Brasileira Contemporânea
Autora do Livro de Contos “Lascas Lascadas”
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