Quando pensamos na ideia de uma pessoa sociável, logo imaginamos que ela tenha preferência – por puro prazer, ou mesmo por sabedoria –, para conviver com outras pessoas; também, que ela exercita as regras da boa convivência, da civilidade e da urbanidade. Além de tudo, deve ser uma boa ouvinte, e saber tratar bem as pessoas. Com as marcas, acontece a mesma coisa. A marca sociável é aquela que possui competência para se comunicar de maneira clara e educada com o seu público; deve ser “igual” a ele, cada vez mais semelhante ao seu consumidor – com os mesmos anseios, desejos e linguagem. Ao ser “mais igual” ao humano para o qual se volta, as marcas tendem a aprendem a ouvir melhor as pessoas, para conhecer melhor aos seus dilemas e, assim, se colocar mesmo no lugar dos clientes; ou seja, uma marca sociável deve ter – obrigatoriamente – uma maior empatia com o seu público.
Empatia é, ao menos para mim, se colocar na pele do outro, se tornando (nem que seja, temporariamente) igual a ele. Um bom exemplo de sociabilidade é a da marca “Quem Disse, Berenice?”; pois, dentre outras coisas, ela afirma que a mulher tem liberdade para fazer o que quiser – até mesmo, não se maquiar – e, assim, ela tende a criar empatia com o seu público, o que pode gerar um maior engajamento. A prova é o compartilhamento espontâneo de suas postagens, ou mesmo, de seus vídeos publicitários – além de vários comentários, que só confirmam a minha percepção de uma sociabilidade de referência da marca.
Assim como uma pessoa, a sua marca também pode cultivar os mesmos atributos, para se tornar mais interessante e atraente. Mesmo que a sociabilidade seja um atributo humano natural, ela ainda deve ser muito entendida e desenvolvida, pois pode ajudar a aproximar a sua marca dos seus clientes. Minha dica, então, é: invista neste conceito.
Publicitário
Doutor em Estudos da Linguagem
Professor de Publicidade na Universidade Federal do Paraná
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