Você já deve ter ouvido a famosa frase “na natureza, nada se cria nada se perde, tudo se transforma”, do nobre Antoine Lavoisier, não é mesmo? Ela prova toda uma argumentação sobre o limite das substâncias existentes no Universo. Eu não preciso voltar às aulas de química para te lembrar, seja você crente de que fomos feitos de barro celeste, ou de carbono – o que, no final, dá no mesmo – que, por finalidade, somos compostos de um notável agrupamento de partículas, a tal da poeira estelar.
Sendo assim, para que mais e mais de nós caminhem por essa superfície terrestre, é necessário à natureza que estas partículas celestes e ordinárias estejam em abundância, do contrário não haveria compostos para a criação de mais e mais humanos petulantes por aí. Afirmo com tranquilidade, então, que o crime de assassinato jamais deveria ser considerado crime. Correto?
O assassino, dentro dessa lógica, apenas contribuiria para que novas possibilidades humanas acontecessem! O distanciamento da Natureza fez com que os humanos se esquecessem do seu lugar originário, se pondo em um patamar de importância pela sua racionalidade, ao ignorar que continuam sendo bichos. Mas o intuito, obviamente, não é defender o crime! Nem o assassinato, nem o assassino. É fazer lembrar da frase de Lavoisier: a Natureza, precisando de compostos para continuar a criar aos seus seres, irá devorar todos aqueles em abundância – e, melhor ainda para ela, se estes estiverem cometendo o pecado de a agredir.
A agressão assassina que vem sendo cometida pelos humanos à Natureza, será cobrada. Não poderemos mais reivindicar nosso lugar racional e privilegiado, afinal… Somos poeira, assim como as cinzas das matas queimadas. Não acredita em mim? Tudo bem, aproveita a pandemia.
Filósofo
Graduando de Psicologia
Escritor
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