Mesmo sem saber, bem ao certo, quando o termo “empreendedorismo social” foi usado pela primeira vez, a certeza é de que ele surgiu na Alemanha – sobretudo, por uma inquietação de alguns indivíduos sobra as suas estruturas sociais e, também, os seus relativos padrões de progresso (os quais, tendem a depender da própria fluidez do sistema). O empreendedorismo social visa atuar dentro de uma necessidade urgente de redução da pobreza; e tem, como objetivo principal, a criação de um negócio que promova a inclusão por meio da liberdade de subsistência. É tentativa de criação de oportunidades que, por serem de curtíssimo prazo, não tenham que depender tão diretamente de trâmites estatais ou de políticas públicas.
Diferente do modelo tradicional (que busca exclusivamente ao lucro, independentemente de suas consequências), a ênfase também está no social e na possibilidade de redução da pobreza; assim como, na produção de bens e serviços focados nas necessidades mais básicas, ainda não atendidas, como alimentação, moradia, saúde, educação, etc. As mais impactadas por esse movimento, previsivelmente, são as esferas de baixa renda, seguimentos que (tanto historicamente, quanto na atualidade) são os mais marginalizados e/ou economicamente excluídos. Tal busca por uma paridade social garante, mesmo que em pequeníssima escala, alguma sustentabilidade ao negócio; o que pode gerar, desde para o empreendedor até ao seu consumidor final, algum valor agregado.
É o reconhecimento da obrigação de prever, já na própria missão institucional das empresas (ou, pelos estrangeirismos bastante presentes na área de marketing, em seu “core business”), a importância da promoção de um valor social – a partir do qual, além do próprio lucro, a classe empresarial tem que focar, também, em ter um impacto mais direto na redução da pobreza do meio em que atua.
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