***Vol. 1, Nº 003 / 2020 - 17/11 (IGUALDADE) *Comunicação Neto Vasconcellos

Empatia Empresarial e Igualdade de Gênero

Neto Vasconcellos

Se há uma lição que constantemente devemos [re]aprender é a de que a igualdade, no local de trabalho, é importante para todos os funcionários. À medida que a nossa força de trabalho tem se tornado cada vez mais diversificada, essa ênfase na igualdade é um traço comum que devemos, ano após ano, reforçar. Independentemente da identidade de gênero, aliás, homens e mulheres defendem que mudariam de emprego se, o outro oferecido, fosse mais empático. Também tendem a concordar sobre como as empresas poderiam expressar uma maior equidade: uma maior diversidade no perfis das lideranças, por exemplo, também faz as empresas aparentarem ter mais empatia.  

Apesar de todas as semelhanças no entendimento, homens e mulheres ainda têm diferenças bastante significativas em suas vivências, dentro do cotidiano profissional. Tais disparidades, nos acessos aos recursos, nos mostram que as organizações ainda têm muito trabalho a fazer para garantir a igualdade no local de trabalho. Em especial, nas áreas de oportunidade de crescimento profissional, e de remuneração salarial – tanto que, quando questionados se o pagamento na empresa se baseia exclusivamente no mérito e na experiência, convenientemente a maioria dos homens tenderá a responder que “sim”, enquanto nem a metade das mulheres poderá concordar. Quando os funcionários se sentem desvalorizados, independentemente de sua atuação ou méritos, é mais provável que deixem a organização ou, no mínimo, que tenham a sua produtividade significativamente diminuída.

Por que as mulheres seriam tão céticas em relação ao compromisso das empresas com a igualdade de remuneração, além do fato de que a disparidade salarial continua sendo um problema, ainda em pleno 2020? Há, ainda, muitas outras nuances: as mulheres negras, por exemplo, enfrentam disparidades salariais ainda maiores do que as brancas. Tudo demonstra que as mulheres têm, infelizmente, ainda bons argumentos para não se deixarem convencer sobre as “boas intenções” das empresas, nas quais elas estariam priorizando a igualdade, ou fomentando a equidade salarial em suas folhas de pagamento.

Neto Vasconcellos

Comunicólogo
Empreendedor Digital
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