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Acusação: ser mãe. Veredicto final: culpada! A pena é cumprir as dez privações da liberdade materna, que são:
1 – faça a mãe acreditar que ela é a única cuidadora capaz;
2 – diga que depois da maternidade as mulheres só devem ter olhos, ouvidos e bocas para os filhos;
3 – tenha empresas que não se importem com a vida pessoal das pessoas, especialmente das mães e de suas crianças;
4 – faça as mulheres perderem os seus empregos por colocarem os filhos em primeiro lugar;
5 – proíba crianças em restaurantes, mercados, hotéis, lojas e afins;
6 – deixe as mulheres sem rede de apoio, reforçando o ditado de “quem pariu Mateus que o embale”;
7 – não remunere os trabalhos domésticos ou maternais, mesmo que eles tomem todo o tempo de quem os faz, e sejam essenciais para a manutenção de uma sociedade que ouse se preocupar minimamente com o seu futuro;
8 – faça a mãe se sentir obrigada a querer ser “a melhor mãe do mundo”, mesmo que lhe custe o bem-estar em todas as outras áreas da sua vida;
9 – culpe as mães por todo e qualquer acontecimento ruim ou difícil relacionados às suas crias – tanto em um passado imaginado, quanto no futuro idealizado;
10 – assexualize as mulheres com filhos, pois um corpo que já foi tido como “apenas um útero”, nunca mais poderá ser qualquer outra coisa.
Duração da pena: perpétua.
Relações Públicas
Mestre em Comunicação Social
Autora do livro infanto-juvenil “A Mamãe Sangra”
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