Ansiamos muito pela liberdade – em como se expressar, em como se vestir e, até, em como se relacionar e amar, dentre outras – porém, existe uma questão anterior: você valoriza a sua liberdade? Quando falamos sobre ser liberto, eu penso em se desprender de qualquer julgamento social, e poder praticar tudo o que lhe convém. É, eu sei que é difícil demais não nos preocuparmos com o que as pessoas pensam ou falam de nós. São, então, dois lados: o que irá te encorajar a seguir com a sua ideologia e os seus posicionamentos, e o que pode te inibir, por apresentar uma força contrária.
A liberdade é como se fosse um relacionamento, no qual quando estamos com o companheiro, desejaríamos estar sozinhos e, ironicamente, se estamos à sós, sentimentos falta da companhia – em resumo, muitas das vezes que queremos usufruir de nossa liberdade, nem sempre ela nos convém. A partir do que sempre paro e busco analisar um pouco mais criticamente: será que realmente precisamos dessa “tal liberdade”, para sermos quem queremos ser, ou agirmos como quisermos agir?
Eu, particularmente, já não busco mais a “Liberdade” (absoluta, com L maiúsculo) mas, apenas, tornar as minhas próprias ações libertas: porque posso sentir, me expor e posicionar, de modos que eu não tenha mais que me preocupar se terei uma aceitação satisfatória – nada além da alegria de praticar tudo aquilo o que me faz ser eu. Coletivamente, ainda estamos presos a muitas crenças e costumes do passado; sendo que, cada vez que tentamos nos libertar destes monstros que insistem em nos assombrar, me parece que só nos enterramos ainda mais na cova do medo. Ao contrário, quando nos permitimos praticar tudo aquilo que nos faz sentir melhor, nos libertamos (finalmente!) da sensação de aprisionamento – você já é liberto: pratique o seu bem, e não sentirá mais nenhuma algema em seus pulsos.
Apresentador
Idealizador da TV Liro Liro (Canal no YouTube)
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