O desenvolvimento da ciência e da medicina possibilitaram que hoje tenhamos fácil acesso a diversos tipos de medicamentos. “A farmácia é uma biqueira com CNPJ”, canta o rapper Renan Inquérito. Do simples relaxante muscular (Dorflex, que se tornou hoje o remédio mais vendido do Brasil) aos antibióticos, que vêm dia após dia sendo cada vez mais prescritos por médicos, temos gradativamente um alcance cada vez maior à drogas legalizadas. Durante um período da minha vida, tomar remédio para aliviar a dor de cabeça fazia parte da minha rotina diária; mas, não apenas, pois às vezes também usava o remédio pra dormir da minha mãe, um outro para dar “up” e ficar mais disposta… Foi assim até eu ficar doente em 2019, no começo de minha gestação. Os médicos me prescreveram vários remédios, e nenhum deles me curava. Quase um ano depois, a cura veio sem remédios – e, só então, entendi que a minha doença era por problemas emocionais, pois conheci outras mulheres que enfrentavam o mesmo.
O que me fez perceber os adoecimentos de outra forma. Minha saúde estava “pedindo passagem”, mas o meu corpo tentava me avisar que havia algo de muito errado acontecendo comigo. Assim, aprendi a olhar as doenças e as dores como sinais de que algo não anda muito bem conosco. É necessário se sentir, cuidar do corpo, da mente e da alma, aquecer o espírito. Hoje a meditação me ajuda em meu próprio acolhimento, e fazer análise em terapia ajuda a resolver pendências, para que não fiquem guardadas e não se tornem um peso. São muitos os problemas que precisamos lidar, e tudo é sentido pela máquina que é o corpo humano; mas, esta máquina é perfeita, até ao estar sempre se comunicando com quem a habita – estejamos atentos, então, aos seus sinais de alerta e alarmes.
Letícia Costa
Jornalista
Miss Curitiba Universo 2017
Modelo, Atriz e Escritora
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