***VOL. 2, Nº 012 / 2021 – 24/03 (IGNORÂNCIA) *Comunicação Aparecida de Fátima

A Ignorância da Presença Ausente

Aparecida de Fátima

O nosso jeito de escolher estar na vida, pode passar por estas três afirmações: “Me engana que eu gosto”, “É melhor não saber” e “Nem me conte”. O princípio das escolhas caminha para a consciência e, “se está na sombra, ponha luz”. Ignorar. Um viés do não observado, ao invés da oportunidade de reconhecer o caminho para transformar. Ao se desprezar a chance da mudança – pelo não saber – há um destaque para a negação. Esta que pode correr solta e fazer muitos estragos, na vida de muitos.

Quando se decide não observar que há um espaço de vida, de coexistência, impedimos que nos reconheçam. Pode ser até na rua (um lugar de desconhecidos) onde transita a vida e, em assim sendo, com muita circulação. Um espaço de encontros no qual é preciso parar e prestar atenção no outro que caminha com a gente – ou que atravessa a rua, ou que está no carro, no ônibus, na bicicleta, etc. – e, assim, vem a pergunta: com que presença estou nestas muitas ruas visitadas no cotidiano?

Ao trazer a ignorância da presença, destaco a ignorância negociada: aquela, feita na decisão, no livre arbítrio, na escolha do não querer saber para não se comprometer; porque o outro ângulo é que, ao se tomar consciência, não dá mais para brincar de “esconde esconde”. Aí a questão é: mesmo que não se queira, a verdade vem inteira, pois toda vez que tento atravessar a rua e o carro corre demais, ou a bicicleta vem na contramão, ou mesmo o ônibus sem velocidade controlada – me recorda que preciso lembrar dos direitos dos cidadãos, desde que a presença não seja negada, nem pelo outro nem por mim.

É hora de assumir o papel de protagonista, ou seguiremos fazendo a escolha de uma “presença ausente”, na ignorância.

Aparecida de Fátima

Palestrante
Mestre em Comunicação
Especialista em Marketing
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